quinta-feira, 20 de agosto de 2009

OUTRO

pobre poste solitário nas madrugadas iluminadas
em que nada existe para '' os justos '' que dormem.
quero instalar-me no alto da sua cabeça
para enxergar a cidade, diferente
e ver mais distante,
alto, imponente
feito de concreto, cimento e pedra.
deixe que eu também mije em seus pés
como um cachorro cansado de correr atrás do cio das vadias,
ou deixe que eu morra abraçado a sua frieza imponente
pobre poste solitário que transita imóvel pelo tempo
e que se degrada muito menos
do que eu.

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