sexta-feira, 14 de agosto de 2009

diálogo

tempo que lhe perco
tempo perdido que me deixo,
tempo.
basta! vanguardas que naveguem
escolas instituídas
pedra por pedra
tijolo por tijolo.
ouço o que digo
renego, desdigo
saio do meu umbigo angustiado...
ângulo desreto.

no viaduto do chá de cada dia
dai-nos senhores a proesia
de cada dia.

afirmo-me o tempo todo em auto
tempo perdido
que me perco.

sou eu demais
por não ser eu mesmo,
sou nós.
eu que me digo em nós que nos perdemos.
sento-me e sinto-me muito só.

por isso escrevo
tentando uma canção
no mar salgado ou doce
que há em mim.

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