salve ó nave incandescente
barco que o asfalto navega
à vera,
nau indolente
rito de passagem
na era moderna.
aporta a avenida
onde o dinheiro é forte
e a velocidade é vida,
trazendo tripulação vertente
de gente de bom atuar
presente.
saudo sua proa
na boa arte do palco aberto
e certo do que amo
flexiono meus joelhos
aos seus olhos derradeiros,
deus de tudo,
mais da vida e do teatro.
num último ato
enceno-me nu
entre as portas do ateu palácio seu,
oficina
uzyna
uzona.