quarta-feira, 11 de abril de 2012

quem é o quê? de nada, nem mais ninguém...
qualquer que fosse o seria.
nada.
algures
alhures
quereres.
assim mesmo
de quem?

colhi tudo o que escrevi. liquidifiquei,
sorvi, vomitei.
nem a canção foi capaz de captar e traduzir meus ais.
ai que sede de fazer.
há uma nova palavra, antiga
reescrita nascendo aqui.
parida do silêncio.
do tamanho de nada. ignorante. burro.
eu mesmo sem mim, sem palavra.
silêncio, sem barulhos de cigarras,
automóveis, motocicletas, britadeiras.
puro silêncio.
solidão óbvia, ausente de barulho.
nem marulho - ih, escorreguei. não queria rimas.
palavra, estou pingando de suor
e não te encontro.
mas insisto.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Para Nina

Nina numa nuvem,
branquinha, calada, sábia.
Eu na overdose adulta responsável
no chão, atarantado, verborrágico, burro.
Viu como existo?
Ainda vou lhe pintar numa aquarela
pequena...
Enquanto isso
nem queira saber o que realmente há por trás do espelho
Alice.