
diga-se novamente se não houver mais o que dizer,
diga se
antes que a serpente volte a engolir-se, a si mesma, pela cauda
exponha-se ao ridículo de si no se
e extrapole as curvas da estrada.
mas não assassine a frátria língua
e perdoe-se a si mesmo se não tem a chave,
mas dê à poesia o que lhe cabe.
diga-se capaz de reinventar
para resistir
e refaça a tarefa de casa.
só então queira mais e seja mais.
mas lembre-se que um dos mineiros mais ilustres tinha razão:
''(...) aceita o poema como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço(...)(*).
tudo está realmente dito?
então rediga-se.
(*) Carlos Drummond de Andrade em A PROCURA DA POESIA - A ROSA DO POVO - Ed.Record
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