tua grandeza está exposta, homem
desde o teu iluminismo francês,
desde o teu pessimismo alemão
e tua poesia parnasiana.
como folhas avulsas espalhadas ao vento.
sei que todos são e foram importantes
tanto quanto entender-te a ti mesmo,
mas o tempo é cruel com teus escritos
porque o homem e o mundo são cruéis.
mas tua sabedoria também espalhou outras folhas ao vento
e foram tantas que
resolveste procurar a simplicidade
e escrever poucas linhas
ou linhas mais suaves.
tua grandeza continuou à vista
mesmo assim.
sem que tu soubesses como omiti-la
ela se refez
e os louros de tua vitória
estão engavetados junto aos teus escritos simples.
e agora? como seremos se tu já o foste?
cantando estaremos sempre
ainda que os cancioneiros morram
e todas a simplicidades expressas
virem objetos de museus.
agora, continuaremos sendo.
tu a ti mesmo
nós aos outros.
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